SIMPLESMENTE ESTER
Aprendizagem, conhecimento, Determinação.
terça-feira, 5 de novembro de 2024
DAVI E GOLIAS - Áreas do cérebro envolvidas na batalha entre os dois guerreiros
Olá preciosos! Tudo bem?
A Neuropsicopedagogia estuda a influência e a importância do Sistema Nervoso na aprendizagem, ou seja, como o cérebro aprende. Diante desta informação, surge em minha mente a curiosidade de entender como o cérebro destes personagens bíblicos atuava. Davi e Golias, a história preferida de muitas crianças e adultos, sob um olhar da anatomia, para a neurociência educacional.
Apesar desta figura criada por IA, sabemos que Davi utilizou a funda para atingir Golias. Mas, qual é o modelo de uma funda? O Museu de Arqueologia Bíblica, localizado em São Paulo, possui uma réplica da "arma" utilizada por Davi:
Agora vamos lá! Davi era pastor de ovelhas, na sua adolescência. Quais os fatores que o fizeram enfrentar Golias? Sabemos que ele era corajoso e impetuoso, mas no olhar da anatomia. o que acontecia no cérebro jovem de Davi?
Davi, como um adolescente responsável, estava em desenvolvimento, inclusive cerebral. O lobo frontal, localizado na testa, segundo a Professora Nayane Peixoto, é responsável por movimento, tomada de decisões, impulsos, associações, ou seja o querer agir ou não agir. É a última área do cérebro a ter a sua formação (desenvolvimento) completa. Entende-se com estas informações, o porquê do jovem ser impulsivo, não raciocinar muito bem diante dos seus atos, ou seja, partia pra cima! A raiva que Davi sentiu, como resposta à informação recebida de alguém afrontando Israel, liberou hormônios em seu corpo (sistema endódrino). Seu sistema nervoso autônomo, também foi afetado, pois sua respiração ficou alterada, seus batimentos cardíacos também. Para ccompletar, o Sistema Motor Esquelético agiu focado, pois partiu pra cima com seus instrumentos de defesa (funda e pedra).
O lobo frontal tem as seguintes funções:
1. Raciocínio e Planejamento: É onde ocorrem os processos de tomada de decisão e resolução de problemas.
2. Controle de Movimentos: Contém o córtex motor primário, que controla os movimentos voluntários.
3. Produção da Fala: A área de Broca, responsável pela produção da fala, está localizada aqui.
4. Emoções e Comportamento: Ajuda a regular respostas emocionais e o comportamento social.
O jovem Davi, treinava com sua funda todos os dias, exercitando o que a anatomia chama de memória procedural. Davi exercitava tanto, que tirava de letra qualquer ataque às suas ovelhas. Sua coordenação motora, equilíbrio, trouxeram autoconfiança ao pastorzinho de Belém, que já era cheio do Espírito Santo. O que quer dizer cheio do Espírito Santo? Cheio de conhecimento e inteligência, além de uma força sobrenatural.
Ao confrontar Golias, qual foi a sua forma de ataque? A funda com a pedra, cravada na testa do gigante, ou seja, no lobo frontal. Com este ataque, houve um traumatismo craniano, que além de um ferimento externo, Davi tirou de Golias: o raciocínio, o controle dos movimentos, a fala e o comportamento adequado. Quanto a este último item, Golias já não o tinha mesmo. Davi sentiu raiva de Golias e da situação que este provocava no exército de Israel. A raiva é um sentimento que é uma resposta emocional, mas uma motivação para enfrentar situações que se colocam como ameaças. Áreas do cérebro envolvidas: tronco encefálico, amígdala e córtex motor.
Percebam que aquilo que Davi exercitava, em seu desenvolvimento cerebral, ele tirou de Golias. E seu impulso de adolescente/jovem foi essencial para derrotar Golias. Fato é que os mais velhos nem ousaram enfrentá-lo.
Só quem nos criou com detalhes tão perfeitos, poderia ter um resultado tão interessante.
Peço, por gentileza, que conheçam e curtam o vlog da Professora Nayane no youtube: https://www.youtube.com/@profanayanepeixoto
Atenciosamente,
Ester Oliveira
https://www.youtube.com/@ESTERS40Neuropsi
https://www.instagram.com/ester_oliveirafirst/
segunda-feira, 21 de outubro de 2024
Jezabel, uma mulher manipuladora e manipulada
"Acabe reinou sobre Israel vinte e dois anos, em Samaria. Com o mal escancarado
que cometeu, desafiou o Eterno ainda mais que os outros reis que o antecederam.
Foi o novo campeão da maldade. Como se não bastasse cometer os mesmos pecados de
Jeroboão, filho de Nebate, ele ainda se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei
dos sidônios, e passou a servir e adorar Baal. Ele construiu um santuário para
Baal em Samaria e pôs nele um altar a Baal. Construiu também um altar à deusa da
prostituição Aserá. Ele provocou a ira do Eterno, o Deus de Israel, mais que
todos os reis de Israel que vieram antes dele." I Reis 16: 29-33 (Bíblia a
Mensagem) Até hoje o tema "Jezabel" é muito comentado no meio cristão,
principalmente nas reuniões de mulheres, mas pasmem vocês a mulher é até chamada
de "espírito de Jezabel".
Algumas curiosidades sobre Jezabel: 1. Ela era da nação dos sidônios,
descendentes de Noé, por parte de Cã; 2. Eram conhecidos como fenícios, segundo
a Bíblia Anotada, e fundaram Tiro e Sidom; 3. Os gregos os chamavam de fenícios.
Segundo a Bíblia a Mensagem, Acabe, seu esposo, foi o campeão da maldade entre
os reis de Israel, seu mal era escancarado e este desafiou a DEUS muito mais que
os outros reis. Justamente por este motivo que Acabe, rei de Israel, casou-se
com Jezabel. Naquele período, os casamentos eram alianças para extensão do
Reino. Quando Acabe se deixa ou finge ser manipulado, ele está agindo como homem
caído que não assume suas responsabilidades, afinal, tem uma mulher que faz o
seu papel no jogo do poder. O poder foi tal, que o Profeta Elias tremeu na base
com uma palavra recebida, justamente ele que era o Profeta, o homem que trazia a
Palavra de DEUS, o Seu representante na terra. A desfunção de Acabe trouxe
consequências terríveis aos homens da nação.Mas, pela aliança de DEUS com sua
primícia, Israel, ainda assim vemos a Graça de DEUS se manifestando na Lei,
quando DEUS manda um profeta falar com Acabe (I Reis 20), mas este mais uma vez
desobedece, e assim DEUS assina a Sua sentença: "O profeta disse ao rei: “Assim
diz o Eterno: ‘Já que o senhor libertou o homem que eu tinha determinado que
morresse, o senhor pagará com a vida, e o seu povo será destruído no lugar do
povo dele’" verso 42 Jezabel é comentada por sua maldade muito mais do que
Acabe, mas este como citado acima,
era imbatível nas maldades e dissimulações. Tanto é que, após o casamento
a sua obstinação passou dos limites ao querer a Vinha de Nabote. Como já
percebera a natureza de Líder Impulsiva e Colérica da esposa, já Acabe um
Sanguíneo dissimuladamente Melancólico, aproveitou de estudar o comportamento da
esposa para manipular a mesma, porém fingindo ser o manipulado. Ela, impulsiva e
dominadora, partiu para cima do pobre do Nabote e poupou o trabalho de Acabe,
sentindo-se a poderosa do pedaço. De uma maneira muito profunda e até pesada,
podemos chamar Jezabel não de um espírito, mas de uma monstra, pois ela era uma
mulher sem "cabeça". Sim! A partir do momento que ela faz o que quer sem a
intervenção do manipulador Acabe, ela se torna a Líder de si, mas que também se
achava líder do Reino. Porém, o que ela não sabia que Acabe dava corda até onde
ele permitia. Fato é, que a índole dele como mal e idólatra foi citada antes do
seu casamento. A falta de temor e respeito de Acabe, foi percebido pelo
Rei de Judá: O rei de Israel disse a Josafá: “Na verdade, há mais um. Mas não
gosto dele. Ele nunca diz nada de bom a meu respeito, só prevê destruição e
calamidade. É Micaías, filho de Inlá”. Josafá disse: “O rei não deve falar assim
de um profeta”. Micaías continua: lá vai...eu ainda não terminei...Micaías
disse: “Se você voltar inteiro, é porque não sou profeta do Eterno”. Disse
ainda: “Quando acontecer tudo isso, ó povo, lembrem-se de quem vocês ouviram
isso!”.
Acabe era tão dissimulado que tentou matar o Rei de Judá, Josafá o Rei
fleumático, que tornou-se parente de Acabe pelo casamento de seus filhos. O rei
de Israel disse a Josafá: “Use seu traje real. Eu vou me disfarçar e entrar na
guerra”. E o rei de Israel entrou disfarçado na guerra. Quando os comandantes
dos carros viram Josafá, disseram: “Ali está ele! O rei de Israel!” E foram
atrás dele, mas Josafá gritou, e os comandantes perceberam que estavam
perseguindo o homem errado. Desistiram de persegui-lo, porque não era o rei de
Israel. Mas a batalha continuou: Naquele momento, um soldado lançou uma flecha
sem alvo específico contra o exército, e ela atingiu o rei de Israel nas juntas
de sua armadura. O rei disse ao condutor do carro: “Dê meia-volta! Tire-me
daqui, porque estou ferido”.
A batalha foi intensa o dia inteiro. O rei assistia ao combate escorado no
seu carro. Ele morreu naquela noite.
O fim dos dos foi trágico no período histórico, onde a Lei de Deus deveria ser
seguida pelos Israelitas. Quanto à Jezabel, seu final trágico: Quanto a Jezabel,
os cães comerão seu corpo nos campos de Jezreel. Ela nem será sepultada!’”.
Depois de dizer isso, o profeta disparou porta afora. Segundo a Palavra do
Profeta enviado por DEUS. Jeú disse: “Joguem-na para baixo!” Eles jogaram
Jezabel pela janela. O sangue dela espirrou na parede e nos cavalos, e Jeú a
atropelou. “Cumpriu-se a palavra do Eterno anunciada por Elias, o tesbita: No
campo de Jezreel, os cães devorarão Jezabel.O corpo de Jezabel será espalhado
por cães nos campos de Jezreel. Velhos amigos e admiradores dirão: ‘Será que
esta é Jezabel?’ (II Reis 9:35-37) Falando em cães, há um episódio no NT, quando
Jesus é procurado por uma mulher da mesma região de Jezabel. Ela se ajoelhou aos
seus pés, implorando ajuda. A mulher era grega, siro-fenícia de nascimento, e
pediu que ele curasse sua filha. Ele disse: “Espere sua vez. Os filhos devem ser
alimentados primeiro. Se sobrar alguma coisa, os cães poderão comer”.
Interessante comparação! Mas a humildade desta mulher trouxe libertação à sua
filha. Jesus foi àquela região, e com certeza lembrando de algumas histórias da
torah e Ele, sendo Homem Deus, foi até aquele local levar a Graça de DEUS
Libertadora. Jesus ficou impressionado: “Tem razão! Vá para casa. Sua
filha não está mais perturbada. A aflição demoníaca se foi”. Ela foi para casa e
encontrou a filha tranquila na cama, livre daqueles tormentos. Quando nos
achamos autossuficientes estamos em idolatria, porém quando colocamos a nossa Fé
e as nossas limitações aos pés de Jesus, Ele salva cura, liberta e envia Seu
Espírito. Jesus está em nossa terra para trazer Boas Notícias. Fique com Deus
Ester Oliveira
Palestrante e Psicopedagoga
Todas as citações: Bíblia A Mensagem
(https://biblia-a-mensagem.com/)
sexta-feira, 24 de março de 2023
Alfabetização e Letramento de Crianças em Tempos de Pandemia - Capítulo 1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Virtual do Estado de São Paulo, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Licenciatura, no Curso de Pedagogia, sob orientação do Professor Ulisses Gonçalves de Oliveira no ano de 2022
Um estudo de caso de uma ação educacional com crianças em situação de vulnerabilidade social e violação de direitos no município de Taubaté
1. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO EM TEMPOS DE PANDEMIA
A alfabetização é um tema muito complexo, devido às inúmeras pesquisas e métodos existentes. Segundo Soares (2003), na época da cartilha havia método sem teoria, hoje temos a teoria sem método específico, cabendo a cada educador utilizar as melhores estratégias em suas salas de aula.
Ainda que houvesse aumento nos índices de aprovação entre os anos de pandemia, houve queda nos níveis de aprendizagem de matemática e português, segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021 e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021. A faixa etária mais prejudicada foi a dos primeiros anos do ensino fundamental, ou seja, a base da aprendizagem. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) 2022:
Um dos impactos importantes já identificados nas duas últimas edições do Censo Escolar foi o crescimento abrupto das taxas de aprovação da rede pública entre 2020 e 2021, quando comparadas com o período pré-pandemia (2019). No ensino fundamental dessa rede, o percentual de aprovados passou de 91,7%, em 2019, para 98,4%, no primeiro ano da pandemia (2020). Em 2021, a taxa caiu para 96,3% (ainda 4,6 pontos percentuais acima do registrado em 2019). Conforme indicado anteriormente, o aumento das taxas de aprovação está, provavelmente, relacionado a ajustes nos critérios de aprovação e à adoção do continuum curricular, já que essas estratégias foram recomendadas e adotadas por parte das escolas.
Segundo o Instituto, estes resultados não asseguram maior desempenho na educação, principalmente tratando-se de alfabetizar uma criança, que além da pandemia, passou por traumas familiares, que pulou etapas sequenciais da aprendizagem, o que resulta ter um olhar mais específico para este caso.
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (BRASIL, 1990) em seu Art. 2º, “considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos.”.
A criança do estudo de caso apresenta dificuldades de socialização e aprendizagem, devido às situações que vivenciou e que ainda vivencia psicologicamente. Estes fatores a trouxeram para o Instituto Vida, que realiza um trabalho de socialização com crianças e adolescentes através dos esportes, de forma gratuita, que tem como missão, promover ações que visem o bom relacionamento familiar, respeito, cuidado, dentre outros valores de acordo com as Leis para a criança e adolescente. De acordo com o ECA (BRASIL,1990):
"Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."
Em relação à educação, a criança é matriculada na rede municipal de ensino e apresenta problemas cognitivos devido ao não acompanhamento pedagógico anteriormente e violação de direitos e vulnerabilidade social.
Para Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo da criança se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. E que esse processo, se dá através da mediação entre a linguagem e ação.
A Interação social, traz a reflexão sobre o tema Inclusão, que segundo Mel Ainscow⁴ significa: o aluno estar na escola, participando, aprendendo e desenvolvendo suas potencialidades. Este tema é foco central da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, onde países se comprometem a garantir uma educação inclusiva e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Para tanto, será investigado o que a criança sabe fazer sozinha, o que o sócio-construtivista Vygotsky chama de zona de desenvolvimento real, para então à zona de desenvolvimento potencial, quando ainda necessita da ajuda de um mediador neste processo de aprendizagem. Para Magalhães (2007): “a zona de desenvolvimento proximal é uma representação que serve para explicar como ocorre a aprendizagem, cumprindo o papel da distância entre o nível real e nível potencial da criança”.
De acordo com a “Psicogênese da Língua Escrita'' (1985), as autoras Teberosky e Ferreiro partiram do pressuposto da teoria piagetiana – de que todo conhecimento possui uma origem e existem níveis de hipótese da escrita, que são:
Nível Pré-Silábico;
Nível Silábico (sem valor sonoro convencional e com valor sonoro convencional);
Nível Silábico-Alfabético;
Nível Alfabético
A sondagem da escrita realizada pela equipe pedagógica do Instituto Vida, apontou que a criança está em nível pré-silábico, portanto, esse será o ponto de partida para a aprendizagem do alfabeto, ou seja, a gênese da aprendizagem aplicada à criança.
A primeira tarefa de uma investigação científica é revelar essa pré-história da linguagem escrita; mostrar o que leva as crianças a escrever; mostrar os pontos importantes pelos quais passa esse desenvolvimento pré-histórico e qual a sua relação com o aprendizado escolar.
(VYGOTSKY, 1998, P.71)
O método de aprendizagem a ser utilizado com a criança será através de um material didático, o alfabeto esportivo, impresso na altura da criança para que alguns sentidos sejam despertados. Também se dará através de um produto, de aparência lúdica, em formato de peças montáveis, de material reciclável e que possui similaridade aos traços do processo inicial da escrita, onde a criança poderá se identificar com essa representação que precede a representação alfabética de linguagem, e que, ao ser mediado, a criança, promoverá essa construção da “Aprendizagem Inicial da Língua Escrita”, termo utilizado pela educadora e doutora Magda Soares.
Magda Soares (2005) diz:
A pesquisa psicogenética – ao descrever os processos por meio dos quais a criança se apropria da escrita – fornece uma contribuição fundamental para a alfabetização, para a organização de procedimentos de ensino-aprendizado, de diagnóstico e de avaliação.
O processo se dará no contexto da Alfabetização e Letramento (indissociáveis), pelo fato de, como se estivesse brincando, a criança poderá ouvir, falar, gesticular, movimentar-se e escrever. Deste modo,a aprendizagem possibilitará a compreensão de que as letras têm formas geométricas, similares às representações iniciais da escrita familiares à criança, ou seja, sinais ou símbolos semelhantes ao que ela visualiza no ambiente escolar. Segundo Resende (2009):
O ambiente de ensino deve ser estimulador e favorável, em que o educador deve ser paciente e afetuoso com o educando, além de buscar conhecê-los, o meio em que vivem, as relações que estabelecem nesse meio e compreender o que seus educandos já sabem, já adquiriram. É de extrema importância que o educador alfabetize letrando, ou seja, ensinando a ler e a escrever no contexto das práticas sociais. Dessa forma, a aprendizagem poderá ser significativa e satisfatória, completando o ciclo de desenvolvimento do aluno. (RESENDE, 2009)
A aquisição da escrita5 se dará à criança que, através da mediação e interação nesse processo de aprendizagem (conhecimento das letras, montagem das peças e escrita), inclusive com contação de histórias e musicalização, sempre mostrando à criança que ela é capaz de aprender e continuar aprendendo, em um ambiente social agradável e de afeto, com estímulo também da consciência fonológica. Sendo assim:
A musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo desenvolver e despertar o gosto musical, cooperando para o desenvolvimento da sensibilidade, senso rítmico, criatividade, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, autodisciplina, atenção, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação (BRÉSCIA, 2003).
Portanto, a criança perceberá e entenderá que as letras também têm sons e nomes. Esse processo de aquisição será construído socialmente, em parceria com a família, com o Instituto e a escola, valorizando essa criança, como sujeito de direitos.
1.1 Noções Básicas do Processo de Alfabetização
A alfabetização é um tema abrangente permeado de complexidades que segundo Soares (2014) envolve sua conceituação, referenciais teóricos, métodos de alfabetização e as relações entre alfabetização e letramento. O processo de ensino-aprendizagem na alfabetização e letramento das crianças percorre caminhos que levam a construção do “saber” possibilitando o “fazer” culminando no alcance do “querer”, ou seja, das metas e superação da defasagem educacional, formando cidadãos críticos que apropriem da escrita e leitura nas suas “práticas sociais”. Para isso, faz-se necessário a construção do saber com uma concepção que considere a importância da relação entre alfabetização e letramento. De acordo com Soares (2003), são elementos indissociáveis:
Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas, e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos : pela aquisição do sistema convencional de escrita -- a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. (SOARES, 2003 p.10).
A alfabetização e letramento amplia a capacidade de leitura e intervenção no contexto em que se está inserido. O acesso à educação de qualidade permite o desenvolvimento de uma consciência crítica capaz de refletir e participar dos espaços organizados para promoção e fortalecimento da democracia.
Emilia Ferreiro (1999, p. 47) diz que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior à escola e que não termina ao finalizar a escola primária”. Partindo do pressuposto de que a criança aprende nas vivências cotidianas anteriores a escolarização, entende-se que o educador deve considerar os conhecimentos e vivências trazidas por elas para o ambiente escolar e também os diferentes referenciais teóricos existentes: linguísticos, fonológicos, psicogenéticos, cognitivos, socioculturais e recentemente os referenciais que vêm sendo construídos pela neurociência. Dessa forma, extrair o saber necessário para desenvolver a prática educativa que não incorra no risco de fragmentação do processo de ensino-aprendizagem é suma importância para criança.
1.2 Direito à Educação e Vulnerabilidade Social
Os direitos sociais são frutos de lutas sociais construídos historicamente com registros em diversos documentos, entre eles, está o direito à educação, previsto no artigo 205 da Constituição Federal, que reconhece a educação como direito fundamental:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Existem outros documentos importantes que reconhecem e garantem esse acesso aos cidadãos. De acordo com Cury (2002):
Não são poucos os documentos de caráter internacional, assinados por países da Organização das Nações Unidas, que reconhecem e garantem esse acesso a seus cidadãos. Tal é o caso do art. XXVI da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948. Do mesmo assunto ocupam-se a Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino, de 1960, e o art. 13 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966. [...] Mais recentemente temos o documento de Jomtien, que abrange os países mais populosos do mundo. São inegáveis os esforços levados adiante pela Unesco no sentido da universalização do ensino fundamental para todos e para todos os países (CURY, 2002 p.246)
Esses documentos tornam sólido o reconhecimento do direito à educação para todos e declaram a importância da instrução para formação de cidadãos que contribuam para uma sociedade mais justa e igualitária, que sejam capazes de protagonizar mudanças reais, participando de forma efetiva na construção de políticas públicas. De acordo com Marshall (1967),o ler e escrever são indispensáveis:
A educação das crianças está diretamente relacionada com a cidadania, e, quando o Estado garante que todas as crianças serão educadas, este tem em mente, sem sombra de dúvida, as exigências e a natureza da cidadania. Está tentando estimular o desenvolvimento de cidadãos em formação. O direito à educação é um direito social de cidadania genuíno porque o objetivo da educação durante a infância é moldar o adulto em perspectiva. Basicamente, deveria ser considerado não como o direito da criança frequentar a escola, mas como o direito do cidadão adulto ter sido educado. (MARSHALL, 1967, p.73).
A educação é um direito previsto em lei (BRASIL,1988, Art. 205), mas segundo pesquisas que tratam do acesso à alfabetização no Brasil, percebe-se que nem sempre este direito está sendo garantido. Isso leva a reflexões sobre quais as dificuldades encontradas pelas famílias para exercício desse direito? Seria a vulnerabilidade social vivenciada por elas, mas afinal o que é vulnerabilidade social?
Existem diferentes concepções que definem vulnerabilidade social, analisar algumas destas concepções nos ajudam na compreensão deste conceito, suas causas e consequências, desvelando a realidade em que vivem as famílias que sofrem com as desigualdades sociais, que segundo Cury (2002) “nascem do conflito da distribuição capitalista da riqueza”. Veremos duas concepções que trazem diferentes dimensões:
A Política Nacional de Assistência Social (2004) define vulnerabilidade social como:
Fragilidade devida à exposição a processos de exclusão social de famílias e indivíduos que vivenciam contextos de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso a serviços públicos) e/ ou fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social (BRASIL, 2004).
A Política de Assistência Social traz a dimensão material da vulnerabilidade, ausência de renda, precário ou nulo acesso a serviços públicos e a dimensão relacional que se refere a fragilidade de vínculos: familiares, afetivos, relacionais e de pertencimento social.
Para Katzman (1999), a vulnerabilidade social está relacionada a elementos como a estrutura de oportunidades, dimensões: mercado, sociedade e Estado e capacidades de lugares ou territórios (serviços públicos, habitacionais, saneamento, condições oferecidas nos territórios).
As diferentes combinações entre estrutura de oportunidades e capacidade de território vai mostrar o grau de vulnerabilidade em que as famílias ou indivíduos estão vivenciando.
Diante disso, entende-se que as famílias ao vivenciar a falta de acesso à moradia, serviços públicos, renda, educação de qualidade, fragilização nas relações intrafamiliares, relacionais, oportunidades de trabalho, rede apoio, políticas públicas, estão em situação de vulnerabilidade social.
O espaço escolar reúne uma diversidade de pessoas, ideias, com seus diferentes contextos familiares, muitos deles marcados pelas desigualdades sociais. Considerar essas marcas expressadas pelas diferenças: socioeconômicas, educacionais, étnico raciais, de gênero, entre outras, no processo de ensino aprendizagem é imprescindível para compreender e trabalhar a realidade trazida pelos educandos. De acordo com Vasconcelos (2015), a participação da escola neste contexto deve ser ativa e interventiva.
A realidade dos sujeitos em situação de vulnerabilidade e risco social, os espaços educativos, que os atende, [...], requer desenvolvimento de uma educação que caminhe no sentido da atividade, de modo a posicioná-los como cidadãos incluídos, mediante uma Pedagogia comprometida com a mudança social e com foco nos direitos humanos. [...] pensar a educação para a emancipação/inclusão social, o que acreditamos ser indispensável aos sujeitos que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social, passa por uma reflexão, que coaduna com a necessidade de construir no interior dos espaços educativos, principalmente, o escolar, processos, valores, relações, comportamentos, acesso a conhecimentos históricos e culturais que apontem para a superação da injustiça, do medo paralisante e da violência imposta pelos sistemas de exclusão. Que nestes se promova um ensino que tenha sentido social, que resulte em ações conscientes e permitam por esta dinâmica a transformação dos sujeitos (VASCONCELOS,2015, p.94).
Nesta perspectiva, o professor deve lidar com tais situações de vulnerabilidade social no ambiente escolar, despertando o interesse do educando em aprender os conteúdos escolares com uma nova significação para sua vida, como uma ferramenta para melhorar a sua qualidade de vida.
Segundo Colello (2014), o debate sobre os sentidos da alfabetização nas práticas educativas deve considerar os sentidos fundamentais da língua escrita: o linguístico, o pedagógico e o social. No sentido linguístico, considera o que se ensina e quando seria ensinar a ler e escrever, no sentido pedagógico leva em consideração o porquê ensinar a leitura e a escrita e no sentido social para que ensinar a ler e escrever.
Dessa forma, compreender essas dimensões da língua escrita, possibilita uma prática educativa que mostra caminhos. O educador que no processo de ensino aprendizagem lança um olhar atento para as vulnerabilidades sociais das crianças com as quais vai desempenhar o seu papel, promove um espaço protetivo e participativo. De acordo com Colello:
Considerar os diferentes mundos, as desigualdades sociais e a diversidade na escola significa levar em conta as muitas linguagens e a multiplicidade de práticas letradas dos grupos sociais. Dar voz pressupõe o reconhecimento e a legitimidade das vozes. [...] Atrelado aos sentidos linguístico e pedagógico, o sentido social do ensino da língua escrita pressupõe e implica simultaneamente a assunção do compromisso político da educação. Por isso, o papel do professor será necessariamente o de abrir caminhos, garantir o direito à voz, restituir o compromisso com a palavra, ampliar os canais de comunicação e de inserção social. Por isso, a alfabetização deixa de ser um desafio só da escola, colocando-se como prioridade para todos aqueles que compactuam com os princípios da sociedade democrática. (COLELLO, 2014, p.183).
Diante disso, percebe-se que o espaço escolar deve ser inclusivo e considerar as vivências e aprendizagens. Trabalhando na garantia dos direitos das crianças e adolescentes, principalmente em emergência social.
1.3 Impactos da Pandemia no Processo de Ensino Aprendizagem
Percebe-se a importância da alfabetização e letramento para o acesso ao conhecimento, desenvolvimento das potencialidades e habilidades como a leitura e a escrita que são fundamentais para ampliar a compreensão do ambiente em que se está inserido, a capacidade de comunicação e acesso a profissionalização. Contudo, o quadro educacional que envolvem crianças em situação de vulnerabilidades sociais, segundo nota técnica divulgada pela organização Todos pela Educação em fevereiro de 2021, com base na pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra os impactos observáveis na pandemia do Covid-19 na alfabetização:
Entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% no número de crianças de seis e sete anos de idade que, segundo seus responsáveis, não sabiam ler e escrever.
2,4 milhões de crianças não estão alfabetizadas nesta faixa etária. O número corresponde a quase metade (40,8%) do grupo inteiro.
Apontamentos das desigualdades racial e socioeconômicas:
Ao todo, 47,4% das crianças pretas não estão plenamente alfabetizadas; entre as paradas o índice é 44,5 %.
Já entre crianças brancas o número atual é de 35,1%.
Quando avaliados os domicílios ricos do país, o índice é de 16,6%. Já entre os pobres o número salta para 51%.
Com isso, percebeu-se que o índice de crianças que não estão alfabetizadas ou que não estão plenamente alfabetizadas é relevante. Outros dados importantes são: os índices entre crianças pardas e pretas em relação às crianças brancas e os índices de alfabetização entre domicílios ricos e pobres, evidenciando as desigualdades sociais.
Autoras:
Adriana Belfort Melo
Eliana Silva Honorato
Ester Soares dos Santos de Oliveira
Jackeline da Silva de Mendonça Bonfim
Maria José Viana Ribeiro
Priscila Cristina Zerbinatti Mazziero Mendes Ribeiro
segunda-feira, 20 de março de 2023
Concurso Oficial Administrativo da PM 2014 - Direito à Nomeação
Em 06/04/2014 - O Edital para abertura de vagas para este concurso estatutário surgiu no diário oficial e a banca para realização do concurso foi a VUNESP, banca de referência, respeito e experiência em concursos públicos.
O Gabarito foi publicado no Diário Oficial em 05/08/2014, onde 40.907 realizaram a prova.Em 06 e 07 de agosto foram as datas dos recursos.
10/09/2014 - Edital para entrega de documentos, onde tivemos a experiência de entregar muitos documentos, diferentes e participar de mais esta fase do concurso.
Em novembro aconteceram as perícias e juntas médicas.
Em 15/04/2015 - houve a classificação geral e final, onde os aprovados tiveram seus nomes na lista de classificados.
Em 27/07/2015 - houve a homologação do concurso público, fato este que gerou a normal expectativa de sermos chamados em até 02 anos. Mas, infelizmente, não foi isso o que acontceu.
De acordo com o site da Vunesp - https://www.vunesp.com.br/PMES1401/ o processo parou por aqui, e assim começa a saga de "injustiçados", aprovados dentro do número de vagas, que têm direito a nomeação.
https://www.youtube.com/watch?v=C8DsxSBMVSw - esse é o link do vídeo que estamos compartilhando para que possamos ser ouvidos.
Hoje, estamos em 2023 - Estamos esperando o resultado final, pois a Defensoria Pública do Estado de São Paulo está nos representando contra o Estado de São Paulo. Diante disso, já havíamos perdido as esperanças, até que alguns concursados impetraram mandado de segurança, o que impede do concurso ser anulado, como pretendiam os magistrados.
Aguardamos o resultado final do concurso para todos nós aprovados e classificados. Pedimos ao Governador Tarcísio de Freitas que possa nos ajudar, bem como você que leu esse post e pretende nos ajudar, como o Tenente Rogério de Taubaté, que é um Político em destaque na cidade e no Estado.
Atenciosamente,
Aprovados no Concurso Público Oficial Administrativo da PMSP/2014
sábado, 18 de março de 2023
Graduada aos 50 anos, tempo de oportunidades.
'Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: '
Eclesiastes 3:1
Aos 47 anos fiz o vestibular (mais um), o primeiro para Universidade Pública. Enfim, aprovada e classificada para matrícula e a saga começa. Matrícula feita, depois de obstáculos no caminho que me fizeram chorar e quase desistir, mas a determinação me fez voltar lá e a mesma pessoa que me destratou foi designada para fazer minha matrícula.
Sistema EAD, adaptação ao site, disciplina para agendar tempo para estudos, grandes desafios. No entanto, o desejo da graduação, a fome pelo conhecimento e o desejo de fazer a diferença me fizeram perseverar para aprender a usar a plataforma e, posteriormente, fazer parte de um grupo para o novo Projeto Integrador.
Pessoas diferentes, ideias diferentes, muita gente inteligente participando e mesmo assim, a vontade de vencer foram a mola propulsora para vencer diante das dificuldades.
Docentes como a doutora Silvia M G Colello, foram e são inspiração neste percurso da Licenciatura em Pedagogia. Ser aluna da Universidade Virtual do Estado de São Paulo - UNIVESP, me trouxe a realização de um sonho tornar-se palpável. Eu louvo a DEUS pelos professores da USP que projetaram o futuro, uma Universidade Pública com ensino à distância. Quantas chacotas, humilhações que estes "Mestres" sofreram para que hoje eu fosse uma estudante, ou melhor graduada em Pedagogia e com Pós-Graduação à caminho.
Alfabetizar é uma palavra mágica para mim, é como água fresca num dia quente. É minha área preferida na Pedagogia, pois ajudar um ser a se descobrir através de letras, que juntas formam palavras, que juntas formas frases, que juntas formas poemas, livros, enciclopédia. Doutora Silvia Colello (2013) em uma de suas publicações afirma:
“Eu entendo a alfabetização não como domínio do sistema, mas como a formação do sujeito usuário da língua escrita em toda a sua complexidade”.
Quantas experiências, lembranças, colegas de trabalho nos Projetos, àqueles que sempre apresentavam um problema para dar desculpas, mas enfim, todos graduados.
Como é bom poder acordar e lembrar - Sou Graduada!
E pensa que acabou? De jeito nenhum, a Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional me faz entender como o cérebro aprende , como sua plasticidade é preparada para este processo e que todos conseguem aprender, porém de maneiras diferentes. A Neuropsicopedagogia é uma ciência que estuda o sistema nervoso e como ele atua nas diferentes formas de aprendizagem.
Apoiar projetos desafiadores é minha meta de vida e vamos para a estrada da vida...
REFERÊNCIAS:
www.univesp.br
https://www.ceale.fae.ufmg.br/pages/view/a-escola-tem-que-ser-vida.
Teoria e Prática de Neuropsicopedagogia - Fernanda Dresch, IESDE BRASIL, 2018.
https://my.bible.com/bible/129/ECC.3.1
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
ALFABETIZAÇÃO - Um caminho possível a todos.
Ao iniciar essa publicação, que considero com características de um Artigo, quero citar uma frase da Doutora Magda Soares (2005):
"A pesquisa psicogenética – ao descrever os processos por meio dos quais a criança se apropria da escrita – fornece uma contribuição fundamental para a alfabetização, para a organização de procedimentos de ensino-aprendizado, de diagnóstico e de avaliação."
Recentemente estávemos em pandemia pelo coronavírus, e essa situação trouxe inúmeros prejuízos, mas o que queremos falar é sobre acréscimos e não decréscimos, pois precisamos de Boas Notícias e estas fazem parte deste post.
Enquanto estagiária em Escola Municipal, houve a reabertura das escolas, em período gradativo, em que cada semana a escola recebia metade de sua "população", seguindo as normas vigentes. Diante deste retorno, a avaliação diagnóstica apontou o que já esperávamos: Defasagem na aprendizagem em grande parte dos alunos, porém em uma parcela pequena, percebemos que esta condição estava abaixo do nível de aprendizagem, que já estava em defasagem. Mas, o que fazer diante desta realidade? A EMEF onde realizei o estágio, prontamente começou a viabilizar ações em prol destes alunos, que infelizmente não tiveram apoio familiar, que é a parte principal neste processo de aprendizagem.
Diante de observação, minha contribuição à aprendizagem, que não era obrigatória, mas necessária deu-se através de um produto elaborado por mim: de aparência lúdica, em formato de peças montáveis, de material reciclável e que possui similaridade aos traços do processo inicial da escrita, onde a criança poderá se identificar com essa representação que precede a representação alfabética de linguagem, e que, ao ser mediado, a criança, promoverá essa construção da “Aprendizagem Inicial da Língua Escrita”, termo utilizado pela educadora e doutora Magda Soares (texto extraído no nosso TCC).
Este material elaborado por mim, foi utilizado com crianças em dificuldades de aprendizagem como estagiária na EMEF local e no Instituto Vida Taubaté. Segundo a Professora especialista, este material foi de grande ajuda aos demais métodos utilizados por ela, então, ao seguir estágio em outra Instituição, fui "desafiada" a alfabetizar uma criança em situação de vulnerabilidade social e violação de direitos.
O Instituto Vida é uma Organização não Governamental, ou seja, sem fins lucrativos, que visa atuar no campo da educação através dos esportes, no contraturno escolar. Assim sendo, a Instituição trabalha em parceria com a escola municipal mais próxima, a fim de auxiliar no desenvolvimento psicossocial e educativo dos seus alunos.(texto extraído no nosso TCC).
O processo de aprendizagem foi lúdico, de afeto, aconselhamento e respeito ao processo individual do aluno:
Tivemos um retorno frente ao processo de aprendizagem, onde a criança tornou-se protagonista nesta ciência, a arte de ensinar, e todo o progresso desta criança refletiu-se nos treinos, na família e na escola. Inclusive a aprendizagem se faz em conjunto FAMÍLIA <----> ESCOLA. Ressaltamos esta importância, que é garantida por Lei e, após esta evolução da aprendizagem a criança do estudo de caso está bem acolhida, em evolução de aprendizagem, em participação efetiva da família extensa neste processo, e o Instituto Vida contribui de para a promoção da criança e do adolescente, visando o seu desenvolvimento integral.
Houve um divisor de águas na aprendizagem desta criança, e das demais que chegaram ao Instituto e puderam conhecer um método de alfabetização simples, mas que contribui neste processo, nos tornando agentes de mudança.
Como Pedagoga, em especialização em Neuropsicopedagogia, aprendemos que as Inteligências são múltiplas, que todos têm capacidade para aprender, por isso há a importância de conhecer a criança, de avaliar para diagnosticar, e enfim com parcerias possíveis caminhar junto à criança no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, parcerias com Instituições que contribuem com a evolução da criança e do adolescente, a família e a escola são essenciais para mudarmos os resultados tão expressivos negativamente, que atualmente fazem parte do nssa realidade, mas que podem mudar através de ações possíveis. Que sejamos agentes de mudança!
Apadrinhe uma criança - INSTITUTO VIDA TAUBATÉ - https://vidainstituto.org.br/
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
ATRIBUTOS DE DEUS - De A até C
Ao iniciar este texto, peço que você ore, primeiramente por você, neste dia, para que você cconheça de verdade estes atributos.
1. AMOR
Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
João 17:9
Leitura Bíblica em: João 17-19
Criança de Jesus, como foi difícil para Jesus, mesmo sendo DEUS, tomar o nosso lugar na Cruz do Calvário (Gólgota), mesmo assim até o último instante antes de ir para a Cruz Jesus orou! Sim! Orou tanto que tinha sangue em seu suor. Jesus nos ensina que precisamos ter uma vida de oração e ter momentos a sós com Deus Pai para nos conectarmos a Ele. Você sabia que Jesus orou por Ele e por nós? O livro de João capítulo 17:9 nos mostra essa prova de AMOR.
Jesus deu a vida dele na cruz por AMOR a mim e a você. Creia! Você é muito AMADO por DEUS. Gostaria de te perguntar:
Você conhece a Jesus? Já entregou sua vida para ELE? Se ainda não entregou sua vida a Jesus ainda, o momento é este.
O Salmo 37:5 diz assim: “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia Nele e ELE tudo fará”.
Jesus ofereceu a salvação até aos ladrões que foram crucificados ao lado direito e esquerdo dele, Jesus oferece essa salvação pra você.
E para você que deu sua vida a Jesus, DEUS quer e pede para que você ORE e aprenda a AMAR da maneira que DEUS quer que você ame...
2.BONDADE
Em sua essência e ações, DEUS é sempre Bom. Você ainda não provou deste Atributo de DEUS? Então:
"Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia" Salmo 34 (leia todo)
Entender a Bondade de DEUS é uma entrega da nossa parte. Para eu prová-la é necessário que eu queira. Então aproveite!
3. CONHECIMENTO
A Fonte de todo o conhecimento está em DEUS. NELE surgiram todas as matérias e disciplinas existentes. NELE, a química, a física, a linguagem, as emoções, enfim, tudo veio a existir.
"Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha inteligência inclina o teu ouvido;
Para que guardes os meus conselhos e os teus lábios observem o conhecimento Provérbios 5:1-2
Existem diferentes tipos de conhecimento:
Conhecimento Teórico: Envolve a compreensão de conceitos, ideias e teorias. É o tipo de conhecimento adquirido através de estudos e pesquisas acadêmicas.
Conhecimento Prático: Relacionado à habilidade de realizar tarefas e resolver problemas no mundo real. É frequentemente adquirido através da prática e da experiência.
Conhecimento Empírico: Baseado em observações e experiências diretas, em oposição a teorias ou suposições.
Conhecimento Intuitivo: Refere-se ao entendimento imediato de algo sem a necessidade de raciocínio consciente.
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